Lembrando o Centro
Clandestino de Desaparecimento Dopinha
e o militante resistente
Ico Lisboa.
No próximo dia 18 de
dezembro o Comitê Carlos de Ré da Verdade e da Justiça do Rio Grande do
Sul promoverá um ato público na casa da rua Santo Antônio, nº 600.
Na década de 60 ali
funcionou um centro clandestino de tortura e desaparecimento de pessoas
contrárias à ditadura cívico militar de então, conhecido como ‘Dopinha’.
A partir das 12:00 horas o
casarão será abraçado por militantes políticos e dos Direitos Humanos, por
poetas, chargistas, por artistas plásticos, que deixarão ali seus
registros, com exibição de filmes e esquetes temáticos.
Às 19h30 será realizado um
ato político, com a presença de ativistas, convidados e autoridades, sendo
afixada na casa uma placa que lembre que ali funcionou um centro de
tortura. Na sequencia será realizado um sarau musical.
Esse ato objetiva chamar a
atenção da população e pressionar os governos estadual, federal e
municipal para a criação, ali, do Sítio de Memória Ico Lisboa, um memorial
da luta de resistência e reparação dos crimes contra a humanidade.
O Plano Nacional de
Direitos Humanos, criado por lei federal, determina a preservação e
criação de sítios de memória e reparação. No âmbito do Mercosul, os
Ministros de Direitos Humanos dos países do bloco assinaram o protocolo
que manda criar em Porto Alegre um sítio de memória da resistência
democrática e reparação dos crimes cometidos pelas ditaduras do
continente. Esta cidade foi escolhida por ter sido aqui o ponto de
cruzamento tanto das operações policiais-militares clandestinas da
Operação Condor, quanto das rotas de fuga dos perseguidos políticos.
Integrante da Rede Brasil
de Memória-Verdade- Justiça, o Comitê Carlos de Ré da Verdade e da Justiça
do Rio Grande do Sul tem proposto que o Memorial Ico Lisboa seja esse
sítio do Mercosul. E que o mesmo seja instalado nesse prédio, onde,
em 1966 foi torturado e ‘desaparecido’ o sargento Manoel Raimundo Soares,
assim como vitimados outros cidadãos e cidadãs.
O nome proposto homenageia
o militante político catarinense-gaúcho Luiz Eurico Tejera Lisboa,
sequestrado e assassinado em São Paulo em 1972 e
sepultado clandestinamente pela ditadura. Seu corpo foi o primeiro no
Brasil a ser encontrado e identificado, sete dolorosos anos depois, no
Cemitério de Perus em São Paulo, comprovando-se a partir de então a
politica oficial de desaparecimento de opositores por parte do Estado
brasileiro.
Contamos com a
divulgação e presença de todos/as!
DIA 18/12/2013
ATIVIDADES A PARTIR
DAS 12h
ATO POLÍTICO ÀS
19h30
SARAU ÀS 20h30
RUA SANTO ANTÔNIO,
N° 600
POR MEMÓRIA, VERDADE
E JUSTIÇA!
Ajudem a divulgar!
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