Solidariedade a Cuba
ASSOCIAÇÃO
CULTURAL DO RIO GRANDE DO SUL REALIZA “VII CONVENÇÃO ESTADUAL DE SOLIDARIEDADE
A CUBA”
Associação
Cultural José Marti/RS
Por Vânia Barbosa – MTB 8927
No próximo dia 8 de junho de 2011, a Associação Cultural José
Marti/RS realiza, em Porto Alegre, a “VII Convenção Estadual de Solidariedade a Cuba”,
atividade preparatória para o encontro nacional, que ocorre entre nos dias 13,
14 e 15 de junho, em Foz do Iguaçu.
A convenção gaúcha terá a participação da Consulesa de Cuba no
Brasil, Ivette Martinez, e debaterá temas como a Campanha
pela Libertação dos Cinco Antiterroristas Cubanos Presos nos Estados Unidos; O
Combate ao Terrorismo Internacional contra Cuba; A
Luta contra o Bloqueio Econômico e Financeiro a Cuba e Organização das Brigadas Internacionais para Cuba.
O evento ocorre das 9 às 13h, na sede da AFOCEFE – SINDICATO, na
Rua dos Andradas, 1234, 21º andar, centro de Porto Alegre.
Em Foz do Iguaçu a XXI Convenção Nacional, coordenada
pelo professor Kico França vai contar com painéis formados por representantes
das entidades de solidariedade a Cuba no Brasil e demais painelistas como o
Vice – Presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos – ICAP, Elio
Gamez; Adriana Pérez, ativista e esposa de Gerardo Hernández, um dos Cinco
antiterroristas cubanos nos EE.UU; a Presidenta do Conselho Mundial da Paz e do
CEBRAPAZ, Socorro Gomes; os jornalistas Beto Almeida, da TV Senado e Iroel
Sánchez, também blogueiro cubano; Carlos Permuy, familiar de uma das vítimas do
atentado contra o avião cubano em Barbados e o Secretário Executivo do Foro de
São Paulo, Valter Pomar. Ainda participam o Embaixador de Cuba, Carlos Zamora
Rodríguez, e o Conselheiro Político da Embaixada Rafael Hidalgo, além de Fábio
Simeón, representante do ICAP no Brasil.
São aguardados convidados de partidos políticos, centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis, da União Brasileira de Mulheres – UBM; União de Negros e Negras pela Igualdade – UNEGRO; da Universidade Federal da Integração Latino-Americana – UNILA, Uniamérica; Unioeste; União Dinâmica Cataratas; CESUFOZ-FAFIG; UNIFOZ; Anglo-americano.; CONAN;IES e representantes da Venezuela, Paraguai e Argentina. Leia a programação completa no link http://www.
Os Cinco antiterroristas cubanos
Entre tantas ações terroristas dos Estados Unidos os cubanos
tiveram os campos de cana de açúcar– essenciais para a economia do País – incendiados.
A queima da produção teve como objetivo debilitar a principal fonte de trabalho
e renda existente no País. Foram várias as cartas enviadas pelo governo cubano
aos Estados Unidos para que detivessem os ataques, inclusive tendo como
porta-voz o escrito colombiano Gabriel Garcia Marques. O imperialismo silenciou
e a saída foi enviar os “Cinco” para que se infiltrassem no meio dos
terroristas para informar sobre novos ataques e Cuba adotar medidas contra
resultados fatais. Na época, os Cinco conseguiram evitar 170 ataques.
Após a prisão os antiterroristas foram mantidos em isolamento
durante 17 meses, antes dos processos irem para o Tribunal. Com essa longa
detenção preventiva e um julgamento perante a Corte Federal de Primeira
Instância de Miami (Flórida) – que durou cerca de sete meses -, em junho de
2001 foram declarados culpados com as seguintes alegações: atuar e conspirar
como agentes não oficiais de um governo estrangeiro; fraude e uso indevido de
documentos de identidade e, no caso de três dos acusados, conspiração para
reunir e transmitir informações sobre a segurança nacional. Em dezembro de
2001, sob pressão da comunidade anticastrista foram condenados a penas que
somam desde 15 anos de prisão até cadeia perpétua.
Os acusados afirmaram que atuavam para o governo cubano como
agentes não oficiais, mas negam as acusações mais graves contra eles e alegam
que sua missão era a de vigiar os grupos cubanos que vivem nos Estados Unidos
responsáveis por atos hostis contra Cuba, ou seja, seu próprio país.
Outra missão era a de vigiar qualquer sinal visível de ações militares
estadunidenses contra a Ilha. Em nenhum momento atuaram contra a segurança
nacional dos EUA, afirmam.
Ainda que o governo estadunidense sustentasse que os “Cinco”
manejaram ou transmitiram alguma informação ou documento oficial sobre o
país, durante o julgamento não foi apresentada nenhuma prova que comprovasse
essa afirmação.
Os advogados de defesa reiteradamente denunciaram as múltiplas
violações legais cometidas no processo e as injustificadas penalidades.
Pratica-se, portanto, contra os “Cinco”, uma farsa judicial absurda e sem
nenhum valor, que violam, inclusive, dispositivos da Constituição Estadunidense
e do Direito Internacional.
Entre tantos recursos, em junho de 2010 os advogados de defesa dos
Cinco apresentaram moção perante a Corte Federal de Primeira Instância para
solicitar um habeas corpus, com base em denúncias do Relatório da Anistia
Internacional sobre os jornalistas em Miami que haviam escrito artigos
prejudiciais a Cuba durante o julgamento dos Cinco. Os jornalistas eram
empregados assalariados do governo estadunidense e trabalhavam para a Rádio e a
TV Martí, meios de comunicação anticastrista pagos pelo governo dos EUA para
induzir a opinião pública a acreditar na farsa que foi o julgamento.
Em um informe emitido no dia 13 de outubro de 2010, a Anistia
Internacional demanda ao governo dos Estados Unidos que revise o caso e evite
qualquer injustiça, seja através de proceso de indulto ou outro meio
apropriado, no caso de novas apelações legais resultarem ineficazes.
Os processos dos “Cinco” são considerados uma surpreendente
aberração jurídico-política e geram manifestações e protestos em centenas de
entidades do mundo – além de 10 Prêmios Nobel, ativistas políticos e chefes de
Estado e de Governo, sem que a farsa que foi o julgamento e a sentença imposta
aos prisioneiros seja revisada.
Apesar de ter cumprido toda a pena em cárceres norte americanos,
em 2012, René González Schwerert, um dos Cinco foi obrigado a permanecer
naquele país por mais três anos, em regime de liberdade supervisada, com a
justificativa de ter cidadania estadunidense. Recentemente, após a morte de seu
pai, René obteve autorização para viajar a Cuba, medida permitida pela sua
condição de liberdade supervisionada. E desde o último dia 3 de maio, a juíza
da Flórida Joan Lenard aceitou a solicitação apresentada pelo antiterrorista
para modificar as condições da sua liberdade e possibilitar sua permanência em
Cuba, em troca da renúncia voluntária a sua cidadania estadunidense.
René já apresentou o pedido de renúncia e a juíza manifestou-se
favoravelmente. No entanto, ainda falta uma nova manifestação para modificar a
situação de liberdade supervisionada, o que deverá ocorrer nos próximos dias.
Segundo o presidente da Associação Cultural José Martí, Ricardo
Haesbaert, “é preciso esclarecer cada vez” mais à comunidade internacional e,
principalmente à estadunidense, que enquanto os “Cinco sofrem injustas prisões
e pressões psicológicas, verdadeiros terroristas como Luís Posada Carriles
circulam livremente nas ruas de Miami, o que demonstra a contradição moral dos
Estados Unidos na condução do caso dos Cinco e nos discursos vazios de combate
ao terrorismo”.
Quem são os “Cinco” prisioneiros do
imperialismo estadunidense
Antonio Guerrero Rodriguez, cubano/americano, condenado a prisão
perpétua, mais 10 anos. Nasceu em 18 de outubro de
1958, em Miami. É engenheiro de Construção de Aeródromos, pintor e poeta.
René González Schwerert, cubano/americano, condenado a 15 anos de
prisão. Nasceu em 13 de agosto de 1956, em Chicago, filho de pais
cubanos. É piloto e instrutor de vôo.
Gerardo Hernandéz Nordelo, condenado a duas prisões
perpétuas, mais 15 anos de prisão. Nasceu em 4 de junho de 1965, em
Havana. Formado em Relações Políticas Internacionais; caricaturista, com
diversas publicações e exposições em Cuba.
Fernando González Llort, condenado a 19 anos de prisão. Nasceu em
18 de agosto de 1963, em Havana. Graduado com Diploma de Ouro, em 1987,em
Relações Políticas Internacionais.
Ramón Labañino Salazar, condenado a prisão perpétua, mais 18 anos.
Nasceu em 9 de junho de 1963, em Havana. Graduado com Diploma de Ouro, em 1986,
em Economia.
Maiores informações no site www.josemarti.org.br , na
categoria “Cinco Herois”O Terrorismo Internacional contra Cuba
Desde a década de 60 já afirmavam que a política externa dos
Estados Unidos é uma política de terrorismo de estado. E que também existe uma
contradição entre o discurso político e a prática imperialista, pois enquanto
se utiliza de conceitos de democracia, os direitos humanos são pouco cumpridos
e, principalmente em sua política externa, estão ausentes há muito tempo.
Durante mais de meio século Cuba é vítima da guerra psicológica,
operações de propaganda político-ideológica e atentados.A violência terrorista
tem sido uma constante na forma de os Estados Unidos relacionar-se com a Ilha.
Desde o triunfo da Revolução Cubana, em 1959, Washington vem descarregando
contra a Ilha um mecanismo de agressão disseminado por oficiais da Agência
Central de Inteligência (CIA), pelo Pentágono e a Oficina Federal de
Investigação (FBI), que com o tempo conta, ainda, com o apoio de outras
instituições governamentais.
Mediante esse mecanismo encoberto, a CIA arma, treina, financia e
garante proteção a extremistas cubanos em Miami, a maioria dos quais integraram
a Brigada 2506 que fracassou na invasão mercenária de Playa Girón (1962).
Organizados em grupos terroristas, como a Coordenação de Organizações
Revolucionárias Unidas (CORU), Alpha 66 e Irmãos para Resgate e com o apoio da
Fundação Nacional Cubano-Americano (FNCA) vêm planejando sabotagens e atentados
com explosivos na Ilha e em representações políticas no exterior, além de
múltiplos atentados contra Fidel Castro.
Esses grupos aparecem vinculados ao assassinato de John Fitzgerald
Kennedy, em Dallas e se constituíram na força de elite encoberta da rede
golpista internacional que interviu na derrubada de Salvador Allende no Chile,
na Operação Condor e nas guerras sujas da CIA nas Américas Central e do Sul nos
anos 70 e 80. E que em pleno século XXI estiveram presentes na ação
cívico-militar contra Manuel Zelaya em Honduras (2009).
Além dos atentados e do criminoso bloqueio, Cuba enfrenta uma onda
midiática de poderosas redes de televisão dos EE.UU e da Europa seguidas de
forma subalterna pela mídia colonizada do Brasil, que não aceita as conquistas
da revolução cubana. Ocorre que apesar de um criminoso bloqueio, imposto há
mais de 50 anos pelos EE.UU, a Ilha é reconhecida pelos avanços em saúde, educação
e desenvolvimento científico – pedagógico, bem como pela sua solidariedade
internacionalista ao prestar apoio aos países pobres como o Haiti, onde
centenas de médicos e enfermeiros cubanos lutam para combater a epidemia do
cólera.
De forma proposital a mídia se ajoelha diante do mundo capitalista
e opta por omitir que a cada sete segundos uma criança de menos de dez
anos morre de fome. Nenhuma delas é cubana! Segundo a FAO, 842 milhões de
pessoas sofrem de desnutrição crônica no mundo. Nenhuma delas é cubana! No
“mundo livre” 200 milhões de crianças vivem e dormem nas ruas. Nenhuma delas é
cubana! Atualmente quase dois milhões de jovens morrem no mundo somente por
falta de água potável e saneamento básico. Nenhum morre em Cuba por esta causa!
O brutal terrorismo midiático contra Cuba também coincide com as
investidas para deter as políticas que vêm sendo adotadas por governos
progressistas na América Latina e a consequente transformação emancipadora em
curso na Região.
Maiores informações no site www.josemarti.org.br , na
categoria “Nossos Argumentos”
O bloqueio econômico, comercial e
financeiro contra Cuba.
O bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba começou a
ser aplicado a partir do triunfo da Revolução Cubana, em 1959, e ao longo dos
anos vem sendo reforçado por meio de medidas presidenciais e legislativas que o
tornam mais ferrenho e abrangente.
A política de asfixia imposta pelo bloqueio reflete a obsessão dos
sucessivos governos dos Estados Unidos em destruir o sistema político,
econômico e social cubano e violar o direito do povo e do governo à livre
determinação e soberania.
Considerando a Convenção de Genebra de 1948 para a Prevenção e a
Sanção do Delito de Genocídio, as medidas que sustentam o bloqueio podem ser
qualificadas como um ato brutal de genocídio e, de acordo com a Declaração
relativa ao Direito da Guerra Marítima, adotada pela Conferência Naval de
Londres de 1909, como um ato de guerra econômica. Se consultados os sites dos
Departamentos do Tesouro e Comércio dos EUA poderá ser constatado que o
bloqueio contra Cuba permanece como um sistema de sanções unilateral mais
injusto, longo, abrangente e severo nunca aplicado contra nenhum país no mundo.
Como consequência da estrita e agressiva aplicação das leis e
normativas que tipificam o bloqueio, Cuba continua sem poder exportar e
importar livremente produtos e serviços para os Estados Unidos, e nem utilizar
o dólar norte-americano em suas transações financeiras internacionais ou,
ainda, ter contas nessa moeda em bancos de outros países. Também não lhe é
permitido ter acesso a créditos de bancos nos Estados Unidos, em suas filiais em
outros países e instituições internacionais como o Banco Mundial, o Fundo
Monetário Internacional ou o Banco Interamericano de Desenvolvimento.
O prejuízo econômico ocasionado ao povo cubano pela aplicação do
bloqueio até dezembro de 2011, considerando a depreciação do dólar frente ao
valor do ouro no mercado internacional, equivale a 1 bilhão e 66 mil milhões de
dólares, causando enormes prejuízos ao desenvolvimento econômico, social e
técnico-científico da Ilha.
Apesar de 20 condenações nas Assembleias – Gerais da ONU e dos
sucessivos pedidos para que cesse o bloqueio, o governo estadunidense despreza
a vontade da comunidade internacional e as resoluções daquele Órgão, e
permanece afirmando que manterá a medida como uma “ferramenta de pressão”
e “ não tem intenção alguma de alterar seu enfoque com Cuba”.
Maiores informações no site http://www.josemarti.org.br/
As Brigadas Internacionais de
solidariedade com Cuba.
Atualmente ocorrem as Brigadas de 1º de Maio (internacional); Che
Guevara (Canadá); José Martí (europeia); “Pablo de la Tómente Brau”(Europa
Oriental);Juan Ruis Rivera(Porto Rico); Brigada Venceremos (Estados Unidos);
Brigada Latino-americana e Caribenha de Trabalho Voluntário; Brigada de
Luta contra o Terrorismo Midiático e Brigada Pelos Caminhos de Che. Nos
países e em cada estado, as brigadas são organizadas pelas entidades de
solidariedade com Cuba, a partir de uma convocatória encaminhada pelo ICAP
estabelecendo datas, tempo de estadia e programação.
As brigadas têm duração de 14 a 20 dias, com
jornadas de trabalho nas plantações de cana de açúcar, pomares, hortas e outros
tipos de agricultura, tudo intercalado por atividades culturais e conferências
sobre temas da atualidade cubana, visita a lugares de interesse
histórico-social, a centros de produção ou assistenciais, além de encontros com
a população de bairros e comunidades, inclusive de outras províncias.
Desde a criação do ICAP milhares de pessoas foram recebidas
e tiveram a oportunidade de conhecer de perto as transformações sociais,
econômicas, politicas e culturais que ocorrem em Cuba, apesar das políticas
hostis dos sucessivos governos estadunidenses, como o bloqueio econômico
imposto desde 1962.
Maiores informações no site www.josemarti.org.br , na
categoria “Brigadas Cubanas”
Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco promove em Washington Segunda Jornada “5 dias pelos 5 cubanos
Coletiva de imprensa durante a Segunda Jornada pelos Cinco
Desde o dia 30 até cinco de junho, na capital de Estados Unidos,
Washington, está ocorrendo uma jornada internacional em defesa dos
antiterroristas cubanos, com a participação, entre outras, de reconhecidos
intelectuais, escritores, políticos, artistas, sindicalistas, líderes
religiosos e advogados, como a legendária lutadora afra – estadunidense
Angela Davis, a líder hispana Dolores Huerta, o filósofo e euro – parlamentar
Gianni Vattimo, o escritor brasileiro Fernando Morais e o escritor e jornalista
radicado na França Ignacio Ramonet.
Neste primeiro de junho teve uma manifestação pacífica em frente à
Casa Branca, da qual participaram, ainda, ativistas vindos de Quebec, Canadá e
de diferentes cidades dos Estados Unidos, incluindo uma numerosa delegação de
cubano- americanos residentes em Miami.
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