Seguem os assassinatos
dos sindicalistas e dos professores colombianos
Repudiamos e
condenamos o infame assassinato do professor Leonardo García Morera e de Juan
Carlos Pérez.
García
Morera era professor da Instituição Educativa El Naranjal, na vila da área
rural El Catre do município de Bolívar no departamento (estado) Valle del
Cauca. García Morera era afiliado ao sindicato Único dos Trabalhadores da
Educação do Valle del Cauca – SUTEV.
Os
fatos aconteceram na quarta-feira, 13 de fevereiro, quando Leonardo García foi
desaparecido no médio dia por homens armados que não se identificaram, mas que
ao parecer fazem parte das estruturas mercenárias do paramilitarismo. Em horas
da noite foi encontrado seu corpo com impactos de armas de fogo.
Quinze
dias antes, 28 de janeiro, havia sido assassinado Juan Carlos Pérez, um dos líderes
do sindicato dos cortadores de cana SINTRAINAGRO, no mesmo departamento do
Valle del Cauca.
Estes
fatos acontecem ao parecer como resposta ao fortalecimento do sindicalismo
nesta região da Colômbia, que desde o ano passado estava aumentando pela fusão
de alguns sindicatos rurais e pelas lutas dos trabalhadores e trabalhadoras por
melhores condições laborais e respeito a seus direitos.
A
impunidade galopante, as violações aos direitos humanos, a falta de garantias
para o exercício sindical, para que se respeitem os direitos dos trabalhadores
e trabalhadoras na Colômbia fazem deste país o lugar mais perigoso para o
sindicalismo e para o labor da educação.
Lutar
por uma melhor vida e por uma educação de qualidade. Pelos direitos dos
trabalhadores e trabalhadoras exigem construir caminhos para a paz com
soberania, justiça social e democracia.
Exigimos
que o Estado colombiano garanta os direitos humanos e as condições necessárias
para o exercício sindical. Que se creem as condições necessárias para a
superação do conflito com uma solução política e que se permita a participação
das organizações populares, que são as vítimas da violência do Estado. Que o
Estado respeite a vida e o direito a ser oposição e de construir alternativas
para uma Colômbia diferente e em paz.
Fazemos
um chamado à solidariedade das organizações brasileiras e de América Latina
para duplicar esforços na construção de solidariedade, de incluir dentro de
suas agendas a situação colombiana e pressionar ao governo colombiano a que respeite
os direitos sindicais e os direitos humanos do povo colombiano e que
possibilite uma saída política para a superação do conflito social, político e
armado que vive esse país.
Chamamos
a Construir para o mês de maio um Fórum pela Paz na Colômbia para que seu povo
tenha a paz com soberania, democracia e justiça social.
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